A ex-aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Sorocaba (Uniso), Camila Fontenele de Miranda, 26, promoveu uma oficina de fotografia especial para adolescentes e jovens sobre empoderamento feminino. O evento aconteceu no dia 18 de março, no Museu Histórico Sorocabano, localizado no Zoológico de Sorocaba.

Os objetivos eram transmitir conhecimentos sobre fotografia e desconstruir a ideia de fragilidade das mulheres, contraposta à da força masculina. Miranda relatou dificuldades e barreiras que enfrentou, por não reconhecer e não ter acesso a informações sobre desigualdade de gênero. Ela 

acredita que um trabalho autoral pode crescer e render frutos. “Parece que quando você gosta de algo, você abdica de muitas coisas, porque algo faz sentido, e quero repassar essa experiência para elas”, afirmou, em entrevista ao Focas na Rede.

O interesse pela fotografia com a temática das mulheres surgiu com as atividades do curso de Publicidade e Propaganda, na Uniso. Quando assistiu o filme sobre a pintora mexicana Frida Kahlo, como atividade de uma disciplina, a história a encantou. O interesse cresceu com outros trabalhos acadêmicos, entre eles uma produção fotográfica com mulheres voltada ao segmento de perfumes femininos.  “Comecei a estudar fotografia por conta própria e reconhecimento desse trabalho foi inesperado. Esse processo já dura cinco anos e tenho aprendido muito sobre diversidade”, conclui.

Daniela Gomes Moreira, 29, museóloga, participante da oficina, conta que se inscreveu por conta da proposta, que abrangia composições fotográficas, referência às mulheres no campo da fotografia e empoderamento feminino. “Na nossa geração não tivemos muito acesso às informações, e é importante ver possibilidades de que existe um mundo além do qual a sociedade nos mostra”.

Sobre a fotógrafa

Camila Fontenele de Miranda formou-se em Publicidade e Propaganda da Universidade de Sorocaba (Uniso) e é pós-graduada em Cinema, TV e Vídeo, pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Suas exposições já passaram por 24 cidades do Brasil, entre elas a produção fotográfica “Todos podem ser Frida”; três no exterior, sendo uma exposição individual e uma coletiva de mulheres, na Itália; uma exposição coletiva em Londres; e uma exposição vencedora no concurso “Diversidad Sexual”, promovida pelo coletivo ProvocART e  Universidad de Guanajuato Campus León, no México.