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Katharsis estreia novo espetáculo
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Publicado em 26/05/2017


Com estreia nesta sexta-feira (26), o Grupo Katharsis, K-1 da Uniso, volta a se apresentar em São Paulo, desta vez com o espetáculo “Mulher sem Fim”, no Tusp – Teatro da Universidade de São Paulo (Rua Maria Antonia, 294), com ingressos a dez reais (inteira) e cinco (meia). O espetáculo segue em temporada até 4 de junho, às sextas e sábados às 21h e aos domingos às 18h.

O trabalho mostra um recorte da pesquisa de Andréia Nhur junto ao Grupo Katharsis nos últimos 12 anos, em que forma e sentido agenciam o corpo em estados múltiplos e descontínuos. O espetáculo propõe uma reflexão sobre a construção cultural da mulher no aspecto social, afetivo e subjetivo. Começa com uma reza árabe que logo se transforma numa escultura de Afrodite e depois em Emma Bovary, Lady Macbeth, Joana D’Arc, Maria Stuart, Carmen Miranda até chegar ao relato de Dadá, esposa de Corisco.
Para criar o solo, Andréia recorreu a um recurso central na pesquisa do Katharsis – a busca da materialidade da cena antes de algum significado imediato. No palco, as mulheres transitam de uma para a outra por associações que se mostram em gestos e textos. “No Katharsis buscamos as associações antes dos significados. Procuramos entender onde o gesto, a voz e outros elementos conduzem o corpo”, explica a atriz.
Para o diretor e iluminador do Katharsis, Roberto Gill Camargo, a ideia dramatúrgica de “Mulher Sem Fim” acontece em abismos, aprofundando-se em várias camadas e seguindo a estrutura de um espelhamento infinito. O conceito observado por Gill foi cunhado pelo escritor francês André Gide, no século XIX.
O espetáculo conta com a colaboração da musicista e bailarina Janice Vieira, Paola Bertolini (produção e fotos), Danilo Silveira (contrarregra), Diogo Locci (assessoria de imprensa), André Bertolini (arte gráfica) e Lucas Mercadante (filmagem). Apoio cultural: Uniso e Teatro da Universidade de São Paulo (Tusp).

Na foto de Paola Bertolini, cena inicial de “Mulher sem Fim”, com Andréia Nhur - indicação de melhor atriz pela APCA por “As Estrelas são para Sempre?”, do Katharsis


Cena inicial de “Mulher sem Fim”. Foto de Paola Bertolini

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